segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A DOUTRINA DA ALIANÇA



No início da década de 30 já não se admitia na região do Nordeste mineiro, entre Joaíma e Pedra Azul, o cavalo trotador. Dentre os criadores de Mangalarga, um deles decidiu-se a criar com total dedicação o verdadeiro Marchador mineiro. Passando por Curvelo, Cerro de Minas, Belo Horizonte, Caxambu e Cruzília, o Cel. Lídio Araújo tratou de adquirir as melhores éguas que encontrava por seus caminhos. Comprava uma, duas, ou até mesmo a tropa inteira, caso a qualidade estivesse à altura do que desejava. Dezenas de eguadas dirigiram-se então para Joaíma, marchando por várias semanas até alcançarem a Fazenda Aliança (Joaíma, MG).


Iniciou-se a seleção de éguas na cabeceira de um plantel que já somava 1.200 matrizes. Deste total, algo como 1.100 fêmeas se dirigiram à formação de tropas de muares, ficando sob responsabilidade de cada capataz de retiro um lote de 50 éguas e um jumento Pêga. O intenso comércio de burros e mulas já alcançava o Pará, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e, principalmente, a Bahia.


Porém, em 1953, veio a falecer o Cel. Lídio Araújo. Sucedeu-lhe sua viúva, Da Maria Oliveira Araújo que, com fibra e determinação, que com o auxilio de seu filho Eduardo Oliveira Araújo, não esmoreceu. Dona Maria Araújo destacou-se na direção da Associação Brasileira de Criadores de Jumentos da Raça Pêga, que já mantinha núcleos importantes de preservação e criação do jumento nacional e marchador.


Um reporter escreveu: “(...) As Fazendas Aliança e Duas Pedras, da viúva Lídio de Araújo e filhos, reúnem um dos maiores centros de criação do Brasil. Dedicando-se às raças eqüinas Mangalarga Mineiro, Árabe, Campolina e à asinina Pêga, a sua produção anual de burros sobe à média de 500, sendo, como se vê, talvez a mais volumosa do País. O seu rebanho de éguas se eleva à alta cifra de mil e trezentas cabeças (...)”

fonte:http://jumentoemuar.blogspot.com/

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